Ateiam-se fogueiras, outros lumes
e a cidade boceja, sobressai da bruma.
Das janelas toam as dores do costume
com as gelosias cerradas de ciúme.
Os semáforos dão a cor do perigo,
outros, avisam cedência intermitente.
Um par de olhos lacrimeja ao postigo,
num percurso sinuoso e descendente.
Mas já se ouve o alvoroço dos pardais,
que não tardam aí a dar sinais
da madrugada que irá rasgar o céu.
O mesmo itinerário persigo eu:
se a noite acende brasas nos meus ais,
alvoram-me no peito as aves matinais.
e a cidade boceja, sobressai da bruma.
Das janelas toam as dores do costume
com as gelosias cerradas de ciúme.
Os semáforos dão a cor do perigo,
outros, avisam cedência intermitente.
Um par de olhos lacrimeja ao postigo,
num percurso sinuoso e descendente.
Mas já se ouve o alvoroço dos pardais,
que não tardam aí a dar sinais
da madrugada que irá rasgar o céu.
O mesmo itinerário persigo eu:
se a noite acende brasas nos meus ais,
alvoram-me no peito as aves matinais.
Lindo soneto!
ResponderEliminarO corpo do poema respira urbanidades...
L.B.