É provável teres chorado ali, naquela casa
ou em todas, quando a neblina desceu.
Sei da lágrima atrás dessa vidraça
e sei do pranto, que bem pode ser o meu.
Magoa a luz mortiça, o quase breu
e o fado, que lacera e que devassa.
Ouvem-se os acordes, a voz já se perdeu.
Na rua ninguém mora, ninguém passa.
A minha alma é o desprovido luzeiro,
resistente à bruma e ao fumo do cigarro.
Pode ser pranto ou farol de marinheiro,
choro, brasa ou o cais onde amarro
a vida passageira o tempo inteiro,
sejas Alfama, Madragoa ou o meu bairro.
ou em todas, quando a neblina desceu.
Sei da lágrima atrás dessa vidraça
e sei do pranto, que bem pode ser o meu.
Magoa a luz mortiça, o quase breu
e o fado, que lacera e que devassa.
Ouvem-se os acordes, a voz já se perdeu.
Na rua ninguém mora, ninguém passa.
A minha alma é o desprovido luzeiro,
resistente à bruma e ao fumo do cigarro.
Pode ser pranto ou farol de marinheiro,
choro, brasa ou o cais onde amarro
a vida passageira o tempo inteiro,
sejas Alfama, Madragoa ou o meu bairro.
Aprecio as composições poéticas que obedecem a regras predefinidas, como é o caso dos sonetos.
ResponderEliminarSobretudo se dentro dessas regras cabe tanta emoção, tanto sentimento...
Gostei muito!