CÚMPLICE DE MIM
Uma pétala de cravo ou uma urze?
A margem de um rio onde
eu te espero ou tu me esperas,
a que tempo a espera corresponde?
Se todo o tempo é habitado
e o tempo vazio não responde,
que eco tem a longínqua espera,
a que tempo a espera corresponde?
Teremos naufragado nesse rio?
Sucumbido a que maré ou onda?
Que tempo é o tempo ausente,
a que tempo a espera corresponde?
Por fim, a desmedida lágrima,
capaz de ser futuro rio, responde:
- basta de esperas passadas,
a que o tempo da espera corresponde!
(inédito)
Uma pétala de cravo ou uma urze?
A margem de um rio onde
eu te espero ou tu me esperas,
a que tempo a espera corresponde?
Se todo o tempo é habitado
e o tempo vazio não responde,
que eco tem a longínqua espera,
a que tempo a espera corresponde?
Teremos naufragado nesse rio?
Sucumbido a que maré ou onda?
Que tempo é o tempo ausente,
a que tempo a espera corresponde?
Por fim, a desmedida lágrima,
capaz de ser futuro rio, responde:
- basta de esperas passadas,
a que o tempo da espera corresponde!
(inédito)
Há sempre um tempo para amar, sentir, sonhar e sentir que estamos Vivos.
ResponderEliminarMário
Gostei deste teu poema entre esperas e cumplicidades.
ResponderEliminarNem sempre é fácil responder a esse tempo, ao tempo a que a(s) espera(s) corresponde(m).
Sobre pétala(s) de cravo ou urze fizeste-me lembrar os versos que te deixo
**Flor do Campo IV **
Mais que o querer falar (te),
das flores peço o teu perdão.
Pelo tempo de alvos e puros,
esses, os cravos, em tua mão.
Hoje são, vindas de longe,
outras cores ou ilusões, luz
feita sonho de urze, no verso
um tempo novo, em ti, seduz!
(16 Nov. 07)
Que o tempo das esperas possa dar lugar a um tempo novo, sempre.
Um Abraço,
MJ