FLOR DAS FLORES
Há em ti choro de plátanos e de rosas,
doendo em cada lágrima vertida:
olhos de amêndoa lisa, cristais de vida,
raiando nas madrugadas mais frondosas.
Só de perto se distingue o amarelo das mimosas;
pequenos sóis em cachos, pendendo a vida
das minhas mãos suspensas, negando a despedida.
Só de perto se distingue o amarelo das mimosas.
Que pode um cravo apenas branco,
da imensa e tão breve primavera, quando
mil flores colorirem o chão a aguarela?
Enquanto não cativar e for cativo,
jardineiro de jardim onde não sirvo,
regarei, lágrima a lágrima, a flor mais bela.
(inédito)
Há em ti choro de plátanos e de rosas,
doendo em cada lágrima vertida:
olhos de amêndoa lisa, cristais de vida,
raiando nas madrugadas mais frondosas.
Só de perto se distingue o amarelo das mimosas;
pequenos sóis em cachos, pendendo a vida
das minhas mãos suspensas, negando a despedida.
Só de perto se distingue o amarelo das mimosas.
Que pode um cravo apenas branco,
da imensa e tão breve primavera, quando
mil flores colorirem o chão a aguarela?
Enquanto não cativar e for cativo,
jardineiro de jardim onde não sirvo,
regarei, lágrima a lágrima, a flor mais bela.
(inédito)
Gostei deste soneto, nomeadamente do último terceto.
ResponderEliminarEu que vivo e sirvo, no meu jardim Cativo.
Sábado, na Casa da Cultura, lançamento do livro "PALAVRAS DE VIDA", que é uma compilação minha, de poetas populares de Santa Iria.
A obra é da responsabilidade da Junta de Freguesia.
Abraço,
Manuel