O rio corre no leito,
transborda p’ra correr mais
e corre-me a mim no peito
em copiosos caudais.
Na hemorragia do mar
o rio entrega-se, abraça,
derrama na preia-mar
todo o ímpeto, toda a graça.
O sangue, esse é diferente,
não me faz tamanha afronta,
corre permanentemente
nas veias, só aí conta.