(foto de Mário Quintas)
Tudo o que vivemos nos mata,
nos transforma, crespa e vence;
toda a vida se ata e se desata,
a par disso, não nos pertence.
Incha o tempo, vai-se o tempo
em horas boas, más, austeras,
mais um ou outro contratempo
e todo o resto são esperas.
Toda a vida tem pressa, voa.
(- Eternidade, onde é que moras?!
- Súplica que às vezes ecoa)
Abranda, que não são horas…