À noite, uma luz. Só um fio
de claridade me deleita:
em simulado convívio,
a lua, lá longe, que me espreita.
Não tenho dúvida: a lua,
que ao longe me persegue
e com o olhar se insinua
não quer que durma ou cegue.
De olho em mim, que não
deixe de a olhar
neste efémero serão
de alvura imanente do luar.
Exagero. É talvez consequência
apenas da minha vontade
ou será de outra ciência,
de outro fim ou verdade?