Muitas vazes o amor é simples
– apenas um pouco dolente e magoado – mas simples.
Foi o que encontrei nas primeiras estrofes
dactilografadas na velha Underwood e,
não fosse o reconhecimento imediato de alguns dos caracteres,
diria não serem meus aqueles cantos.
Mas não tenho dúvidas agora.
Depois de ver Garcia Lorca dançar sobre os versos,
Daniel Filipe suster a respiração, mas não o amor,
Pablo Neruda caminhar nu sobre os poemas
e o Paul Éluard, e o Nicolas Guillén,
e o José Gomes Ferreira,
e o Aragon, e o José Ferreira Monte,
suando cada palavra escrita,
chorei compulsivamente sobre os meus erros de ortografia
e beijei o teu retrato mais recente.
– apenas um pouco dolente e magoado – mas simples.
Foi o que encontrei nas primeiras estrofes
dactilografadas na velha Underwood e,
não fosse o reconhecimento imediato de alguns dos caracteres,
diria não serem meus aqueles cantos.
Mas não tenho dúvidas agora.
Depois de ver Garcia Lorca dançar sobre os versos,
Daniel Filipe suster a respiração, mas não o amor,
Pablo Neruda caminhar nu sobre os poemas
e o Paul Éluard, e o Nicolas Guillén,
e o José Gomes Ferreira,
e o Aragon, e o José Ferreira Monte,
suando cada palavra escrita,
chorei compulsivamente sobre os meus erros de ortografia
e beijei o teu retrato mais recente.
("Prova de Vida"- inédito)
Não sei se o amor é simples.
ResponderEliminarSei que cantar o amor é para alguns poetas tão simples como "ver Garcia Lorca dançar sobre os versos, Daniel Filipe suster a respiração mas não o amor, Pablo Neruda caminhar nu sobre os poemas..."
O.M.
João,
ResponderEliminarFoi com muita alegria que (te re)encontrei neste teu blog, onde as coisas simples da Vida assumem outra dimensão...relembrando quem fomos, quem somos....
Um grande abraço fraterno e solidário!!!!!
Jorge Amorim
Belíssimo texto, João. Teu blog me encantou.
ResponderEliminarUm abraço
belo o que escreveu...lembrei-me de Chavela Vargas - Las Simples Cosas...
ResponderEliminar"Que el amor es simple, y a las cosas simples las devora el tiempo"
brisas doces para si*