Quando
o sol arrefece,
a
modos que entristece
em
arrepiante glacê.
Apenas
ri quando aquece
ou
porque lhe apetece
sem
saber bem porquê.
Um
ror de tempo enroupado,
sei
lá em que vergonhas,
não
sei se dorme, se sonha,
se
o céu o traz ocupado
ou
fica envergonhado
por
ter chegado atrasado
à
partida das cegonhas.
Este
sol habituado
ao
palco diurno do fado,
que
nem por um dia se acoite,
se
bem que triste ou magoado,
e
mesmo se estiver cansado
nunca
saiba o que é a noite.