quinta-feira, 12 de agosto de 2021

QUERIDAS CEGONHAS


Há cegonhas que já não se dão ao trabalho

das migrações

aqui têm casa, que vão ajeitando galho a galho

durante gerações.

 

Por cá têm vida estável e habitação social,

salvo eventual revés,

aqui vivem e morrem de morte natural

e são elas que trazem os bebés.

 

Faz parte da paisagem permanente,

este príncipe das nuvens, voador:

plana, compete com o céu diariamente,

é a gaivota do interior.