segunda-feira, 1 de março de 2021

ONDINA


Ondina veio de novo esta noite dar-me um beijo

enquanto dormia, enquanto sonhava,

enquanto me afogava nas águas de um pesadelo.

Ela conhece a minha respiração ofegante

e a estupidez da minha claustrofobia.

Diz-me que os seus beijos são terapia bastante

e as ondas sensuais do seu corpo são o embalo de que preciso.

Ela ama-me enquanto eu me amarro

de unhas e dentes ao bote que me leva mar adentro.