Sou uma árvore frondosa e viva,
não ardida. Das que não suplicam
quando estendem os ramos. Altiva,
acolho as aves que em mim nidificam.
Hei-de trepar as nuvens e o vento,
chegar ao sol sem me queimar.
Jamais me ouvirão qualquer lamento:
sou uma árvore, vivo do ar,
da água e da luz que me alimentam
trepam as raízes lá do fundo.
As minhas leis não se decretam:
sou uma árvore e todas as árvores do mundo.