sexta-feira, 4 de agosto de 2017

CIDADE

Aguarela de Jacek Krenz

Permanece, a espaços, a matriz da Cidade. Longe é certo. Mas tranquila e luminosa, como sempre.


Se te conheço, terra mãe e madrasta…
como não, se és tudo quanto basta
desde o berço à campa rasa…
e o segredo de me sentir em casa.

Desde menino, mas com o sol de fronte,
sempre te tive como horizonte:
alva, luminosa, e pouco dada a sobressaltos,
a não ser dos que te auguram saltos altos…

Com a Torre sempre além à espreita,
uma por outra vez com desfeita,
nem me lembro que há por aqui nova empresa,
que o tempo só me traz memórias da Devesa.