terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

MÃE



As minhas mãos
não fariam mais que segurar-te um só dedo,
mas era já uma amarra segura,
o porto em que queria acostar,
e foste tu que partiste, mãe?
Que parte de ti são os cuidados e os reparos?
Que parte de ti são as insónias e as canseiras?
Que parte de ti são os abraços e os afectos?
Que parte de ti são os primeiros passos e palavras?
Que parte de ti é o coração e a cantiga para adormecer?
Que parte de ti sou eu e que outra parte és tu, mãe?