Vou na água dos rios,
nas voltas que os rios dão;
vou nas águas,
de aluvião.
Por vezes as águas sossegam
chapinham mansas na margem
vou com elas
sem destino e sem portagem.
Vou com as águas de Março;
com as de agora,
de Outono, e todas as águas que correm:
toda a água corre, toda a água chora.
Na levada é que me entendo,
sem barco nem jangada,
vou correndo, vou correndo,
sem pressa de chegada.