Era
a tarde do dia. Envelhecida
e
gasta pelo Sol. De preguiça e sono.
Veio
voando, caindo a folha amarelecida,
entre
mim e o Outono.
Aos
meus pés, a natureza morta
acenava,
com serenidade, a despedida:
-
Hoje bateu-me à porta
uma
experimentada prova de vida.
Trazia
o pó do caminho
(viver
cria sempre esta poeira)
e
aquietou-se ali, arrastando-se devagarinho,
despojada
do verde-vida, uma vida inteira.