Explodiu
uma rosa na palma da minha mão;
desfez-se
em pétalas, letal estilhaço,
não
tinha espinhos nem males de insolação;
foi
de repente, explodiu de astenia e de cansaço.
Cansaço
de não ser mais nada além de rosa…
Nunca
como antes: apetecida rosa em botão
crescia
no jardim, alteada pelo caule, viçosa,
jamais
como depois, solitária rosa de imitação.
Será
plástico, perguntava quem lhe passava a mão,
que
artesão foi capaz de obra tão perfeita?
-
Antes morta me quero, a este aperto de coração!
E
assim explodiu de dor, na minha mão, desfeita.