segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

O RIO


Num impulso violento,
o rio dilacera a montanha;
abre um leito fecundo
e corre ligeiro para o mar.

Perde, pelo caminho,
a impetuosidade primordial…
Doce, lambe a terra áspera,
e descansa, por fim, exausto,
na praia da memória.

Os rios não morrem nunca.