Tantos
anjos e deuses por esses lugares acima,
Incluindo
as assoalhadas do sótão, que nunca visitei
por
medo do escuro, pó acumulado e escusada canseira!
E
de tantos outros debaixo de pedras, de insuspeitas
pedras,
de silenciosas pedras, de pedras sem culpa
de
serem pedras; nenhum melhor que o outro,
todos
em fila de espera, todos surdos como as portas
que
batem estrondosamente na minha paciência infinita.
Alguns
vão caindo dos altares que para eles ergueram
-
nem no local de culto tiveram arrojo para lhes meter mão –
outros
ardem na fé que lhes devotam e extinguem-se
de
pungimento em faustos cinzeiros.
Os
que nunca morrem vendem crucifixos nas feiras
e
espargem com água benta quem dessa água bebe.