segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SOBRE O QUE É INSOSSO


Há gente que é como as aspirinas:
não faz bem nem mal, qual enfeite.
Eu trato-as assim como às lamparinas;
dou-lhes meia d’água, meia de azeite…


Quase nunca enchem, nunca, quase,
tal como os alcatruzes no vai e vem,
como a lua sempre na mesma fase,
“é morto ou vivo, o que é que tem?”


Não se confessam, não dizem nada;
de falinhas mansas, mordem p’la calada.