segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MEMÓRIA DOS CHEIROS III


O aroma que o leite e o pão quente desprendiam
quando, à porta, a vendedeira os anunciava,
percorria a rua inteira.
Subitamente, a aragem amaciava os gestos
e o corpo reagia com água na boca.
O silêncio perduraria por algum tempo
e o pregão matinal teria então um reconfortante cheiro
a sopas de leite.

4 comentários:

  1. Que memórias saborosíssimas!! Que delícia de poema!!
    Ótimo texto e ótimo blog!
    Abraços !
    Adriano M B.

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  2. "Subitamente, a aragem amaciava os gestos
    e o corpo reagia com água na boca."

    É bom o sabor e o aroma das palavras!

    Um beijo

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  3. Teu blog está lindo!
    Teu poema tbem...
    Feliz semana!
    Rosana

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  4. Dos pregões matinais não tenho memória.
    Acordava com todos os sons possíveis, no campo, da minha aldeia.
    Os cheiros, esses, são idênticos :)
    (De fazer crescer agua na boca!)

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