sexta-feira, 27 de novembro de 2009

DAS MÃOS



Quis soltar as mãos
ao encontro dos teus frutos.
Senti-as contornar os relevos do lençol,
com cuidados de serpente,
e, como gatos, subirem
ao cume dos teus seios de água.
Mergulhei então a pele
em cada poro do teu corpo
e tu nada saberias se as minhas mãos
não fossem cúmplices da nossa vontade.