Havia um bicho que comia
outro que saltava
e outro ainda que acreditava
que o bicho comia por fome
noite e dia, mas não,
era a fome que o consumia.
O que saltava, pensava o que comia,
não se continha,
por ter mal de pernas ou de espinha,
- vá-se lá saber o que o bicho sente!
Ciente ou não
o bicho saltava de contente.
O terceiro, que apenas cria,
cria no seu crer de bicho,
que era tudo uma questão de capricho,
como pessoas, igual,
quer se aceite ou não
e só não lhes chamamos bichos por parecer mal.