Se olho é porque olho;
e se não olhar não vejo,
e se não vir, não escolho,
não decido nem elejo.
Se olhar a espiga ao sol,
que vejo senão espiga,
que vejo senão sol?
O olhar que o diga.
Vendo, o olhar não para,
é o que sinto; o que digo:
ali vejo uma seara,
um mar de pão de trigo.