domingo, 1 de março de 2020

A VELHA ÁRVORE


Não sei se os músculos da vida já vivida,
se os musgos acrescidos pela espera;
sei que há esperança nesta árvore envelhecida
e que é deste Outono que brota a Primavera.

Quando morrer, jamais na lembrança
que dela tenho; deixará raízes, frutos, vida
e aí reside, em parte, a nossa esperança:
um novo sol renasce em cada despedida.