domingo, 11 de agosto de 2013

FINISTERRA



Antecedendo um ciclo de poemas da minha plaquete (En)cantos de Castelo Branco, 1998, ilustradas com fotografias antigas que o meu amigo Francisco Costa me ofereceu, publico hoje estas duas quadras, este poema de (H)ora Essa.

Chegada ao fim, que quer a terra ao mar?
É sede ou pressa de ali se dissolver?
Que pode querer a terra senão continuar,
achar caminho, tentar sobreviver?

Mas se é o mar que adentra insaciado
em cada quinhão de terra, nos areeiros,
então façamos nós o que nos têm ensinado
e sejamos, enfim, eternos marinheiros.