quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

QUERIDO BICHANO


Meu caro e sabido bichano,
por que te acoitas, dissimulado,
em pose de conquistador
dos fundos do oceano
sem teres sido o predador
nem o búzio por ti predado?

Talvez possas pressentir
não a presa mas o som
que dos búzios dizem manar
e assim ficas a ouvir
os afagos vindos do mar
nesse acolhedor romrom.

Ou então, coisa nenhuma;
uma pausa de reflexão;
uma espera vã ou furtiva.
Porque não fazer nada, em suma,
meu bichano, não é vida,
e gato não é excepção.

4 comentários:

  1. É capaz de ser espera furtiva; mas nem por isso deixa de ser uma actividade.Bonita também a imagem.

    M. Barata

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  2. Entre os afagos do mar que esse bichano poderá ouvir,
    Este acolhedor rom-rom da música em dueto

    Um Feliz Natal

    Beijinho

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  3. rsrsrs...
    só você joão!

    precisa de talento para transformar uma mistura de anarquistas e socialistas em caipirinha!

    seria quase uma alquimia.

    abraços!
    ft

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  4. Caro poeta,

    Que foto fofa! Adorei o poema para o bichano, mas tenho um poema que exalta o ócio que contraria o final rs. Foi quando me libertei de ter que aproveitar todo o tempo produzindo, fazendo algo.
    Tenho quatro gatas que amo e te mandam rom-rom.

    Muito o que conhecer por aqui, neste teu espaço bem cuidado e rico.

    Convido a conhecer PALAVRA DE MULHER.

    Uma passagem cheia de vida para começar 2011 em plenitude!

    Forte abraço,

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