quinta-feira, 1 de outubro de 2009

MULHER E ALENTEJANA



A figura é religiosa e é profana,
como é sua fragrância costumeira,
se é um dom da natureza humana,
cheira a incenso e hortelã da ribeira.

Frágil, como mãos de costureira,
È, na sua essência, altiva, ufana.
Primordial e última trincheira,
ambas numa só, que a vida aplana.

A golpes de sol e lida humana,
curvada mais de músculo que de vontade.
E, à parte, doce – o mel é a verdade

toda! – que no auge da adiafa há-de
ser flâmula brandida à posteridade,
como exemplo de mulher e de alentejana.

10 comentários:

  1. Bom dia, João.

    Quem derá ser esta mulher de Alentejo (escrevi corretamente?)e virar poesia em tuas mãos, muito me honra tê-lo em meu blog, chego a envergonhar-me, sou de escrita simples, portanto, só tenho que te agradecer por me visitar. Uma ALEGRIA quando te recebo.
    Amei...
    Frágil, como mãos de costureira,
    È, na sua essência, altiva, ufana.
    Primordial e última trincheira,
    ambas numa só, que a vida aplana.

    Renata que não é alentejana.

    Beijo

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  2. A mulher(do alentejo) "dom da natureza humana", na sua fragilidade e força transformada em poema pela admiração do poeta.

    Gosto da cadência dos cantares alentejanos

    L.B.

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  3. Perfeito como sempre , assim se diz do corpo do poema e o é...
    Abraço, Poeta
    ________ JRMARTO

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  4. O Alentejo é lindo, na paisagem, na mulher e na poesia e, com filhos assim desta envergadura...o Alentejo é, GRANDE!!
    Um beijo e um bon fim de semana graça

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  5. Divertidas, cheias de energia e lindas nas suas roupagens.
    Adoro o Alentejo!...

    Beijo, João, num sorriso ;))

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  6. Bom dia, aqui são 11:35.

    Paseei para não esquecer do caminho se é possivel acontecer, e deixar para ti desejo de um ótimo Fim de Semana.

    Renata Vasconcellos

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  7. Bom dia João
    Mais uma prenda que nos fez chegar através deste canto maravilhoso da net.
    Li e reli e mais queria interiorizar pois está maravilhoso. Só mesmo quem vive no Alentejo pode cantar tão profundamente esse sentimento e essa ternura da mulher alentejana.

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  8. A mulher(do alentejo) "dom da natureza humana", na sua fragilidade e força transformada em poema pela admiração do poeta.

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