Mil vezes jogaste as peras;
mil vezes comeste as verdes.
Andaste então embriagado de raiva
e, como se necessário fosse,
quase vomitaste o intestino.
Espoliado, tinhas vergonha de ti próprio.
Assim, estrebuchando,
cumpriste a promessa do trabalho.
Mil vezes foste arrastado no cimento.
Mil vezes jogaste as peras;
mil vezes comeste as verdes.
João
ResponderEliminarBonito o seu verso, oportuno também, fez-me sentir quase que enjoada, num certo eco, por aquilo que a vida nos foi provocando de dor ou revolta!
Tantas pêras verdes comemos! E, pouco tempo nos deram de descanso...
Acordemos com Régio, também
http://www.youtube.com/watch?v=l2kd_l7VVS4
Obrigada
Helena B.