segunda-feira, 30 de março de 2009

ERA UMA VEZ...

Foi em Maio de 1972 – sim, não tarda, há 37 anos – que o Ambrósio concebeu a capa e o arranjo gráfico dos versos que em livro primeiro atirei à rua. É justo aqui salientar o Ambrósio Ferreira pelo seu desvelo, mas foram mais os que se empenharam nesta quase conspirativa ideia de lançar um livro de poemas de combate, contra medos, ventos e marés.

AR(R)ANHÕES


Compram candeias
por trinta dinheirias,
depois cobrem de teias
ministérios e sacristias.

Sugam-nos as veias
nas noites dos dias,
como centopeias:
traiçoeiras, esguias.

Estendem-nos o manto
como em procissões,
tecem o encanto.

E nós, que tecelões!
Tecemos em cada canto
a penumbra dos serões


3 comentários:

  1. Livro, anseio de qualquer Poeta...Bons ventos soprem, parabens

    Doce beijo e meu rastoooooooooo

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  2. coragem para fazer nascer assim um livro num tempo em que nao se podia remar contra a maré...
    brisas doces para si*

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