segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

VOLTO AOS VELHOS CAMINHOS



Do pomar trouxe todos os frutos que encontrei:

uns são poemas, gomo a gomo;

dos mais doces jazem cascas de laranja…

 

Ah! Por fim abri os braços, respirei;

acordei finalmente de prolongado sono

e disse para os meus botões: desta fruta já não se arranja.

 

Comi dos frutos, pois, que melhor pudera?!

Camisa aberta, alma consumida,

mais não tinha nem mais me era dado…

 

Fez-se manhã de inverno, escura era,

que a noite ao vê-la lhe deu a própria vida

e me salvou a mim e ao braçado de laranjas então roubado.