quinta-feira, 28 de novembro de 2019

DEITAR CONTAS À VIDA


Quanto custa um malmequer,
que tenha a contrapartida
de só dizer bem me quer,
quero deitar contas à vida.

Quanto vale um girassol,
que por vontade assentida
não vire as costas ao Sol,
para deitar contas à vida.

E quanto é preciso penar
com conta, peso e medida,
para o cravo não definhar
e eu deitar contas à vida.

E a deitar contas à vida,
os anos em flor já lá vão…
o que sobra é tara perdida
e as contas certas ou não.