o salgueiro chorão
queria ser nuvem
água chovida não
queria ser nuvem
água chovida não
de tronco vergado
o salgueiro chorão
tremia, molhado
pendia o salgueiro
na corrente selvagem
do recente aguaceiro
o barranco jorrava
águas de aluvião
e o salgueiro chorava
lágrimas de ilusão