sexta-feira, 30 de junho de 2017

POEMA PARA RESPIRAR


- Dê-me oxigénio, por favor, uma pinguinha,
que a falta dele é bem capaz de me matar.
Fico roxo, boca aberta e em pele de galinha
e não me dá jeito morrer com falta de ar.

Felizmente ainda existe este ar que se respira:
consumido, maltratado, quanto baste poluído,
promete o seu ar de graça e a quem suspira
oferece vida airada, que é o meu ar preferido.

Sem abrigo e enjeitado, não respira nem ao relento
é o ar que nos dá, esse não passa de ar e vento.