quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

VIDA CAPRICHOSA



Ai flores, cujo rescender
me colhe por mariposa,
dai-me tempo e a ver
quanto o meu voo não ousa.

Coberto de cores e flores
como anjo querubim,
mais as mágoas e dores
que brotam dentro de mim.

Voarei num golpe d’asa
sobre pétalas e poemas,
mesmo sem sair de casa
e em vez de asas ter penas,

Menos flores, menos sorte
e mais água abundante;
mais vidas além da morte
e menos de agora em diante…