sábado, 22 de novembro de 2014

CUMPLICIDADE


Quis soltar as mãos
ao encontro dos teus frutos.
Senti-as contornar os relevos do lençol
com cuidados de serpente
e, como gatos, subirem
ao cume dos teus seios de água.
Mergulhei então a pele
em cada poro do teu corpo
e tu nada saberias se as minhas mãos
não fossem cúmplices da nossa vontade.