sexta-feira, 21 de junho de 2013

QUE FUTURO?


Sei muito bem que vão
cair na mesma cilada
é-vos superior e um não
está longe da vossa alçada.

Lembro que há algum tempo
uma figura prometida
falhou e como lamento
dizia: é a vida, é a vida…

Mas houve mais maiorais,
uns poetas, outros de prosa,
que engodaram os mais
com uma flor cor-de-rosa.

Um deles, bem tonto saiu,
em uma tirada, um dia:
que só adulto descobriu
no bolo que tanto gostava,
(de arroz assim se chamava)
um papel, por arrelia,
áspero na língua, cardia.

Outro ainda de novo bardo,
mais subtil no cinismo
prometia o socialismo
em programa laranja-pardo

Houve mil com promessas
e votaste neles, bem sei,
mas quando vieram as meças
disseste aqui d’el-rei.

De tudo se viu sem valor
com mais ou menos verniz,
desde um cherne voador
a pínóquios sem nariz.

Que tudo estava mal feito,
mais valia não teres votado;
pensa então que o eleito
é um e outro o candidato.

Vieram messias, arcanjos,
todos com o mesmo ardil.
Mas sem liras nem banjos,
o que interessa hoje saber
é se queres continuar a ver
este cenário seco e vil
ou queres continuar Abril.