segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ERA UMA VEZ A CIDADE


O frio agudo; a aura breve,
foram sinais da novidade:
diminutos flocos de neve
vestiram de branco a cidade.

Por natureza inclemente,
de extremos na temperatura,
hoje frio; amanhã quente,
e só nas gentes brandura.

E assim, de noiva trajada,
tão a rigor como o gelo,
fica ainda mais prendada;
mais branca que castelo…

Porém, meteorologicamente,
- o tempo que faz e que fez –
há-de ser verão novamente,
e Castelo Branco outra vez.

4 comentários:

  1. Esse método de noite alvíssima com que o inverno cobre por aí as lindas cidades que vocês possuem é uma verdadeira antítese a essa época cálida que vamos vivendo aqui no Brasil.

    Ótimo poema, uma desenvoltura bem medida.

    Abraços!

    ResponderEliminar
  2. Lindo!
    Os opostos que se conjugam no bem-dizer a cidade.

    Um beijo

    ResponderEliminar
  3. Gosto. A sério, gosto muito.

    M. Barata

    ResponderEliminar
  4. Se fosse de propósito talvez não publicasses na data certa :)
    (digo eu..)

    Faz hoje um ano que a Cidade se vestiu de branco!

    Entre o tempo que fez e o que faz, espero pacientemente o Verão

    Gosto de te ler quando escreves assim, de alma,cantando a nossa terra

    Bonito som e imagens

    Beijinho, MJ

    ResponderEliminar