Se fosse menina, seria Maria das Dores, como aquela que julgava ser a padroeira da vila. Porém, contrariada e desgostosa. Afinal, um conterrâneo seu, o Asdrúbal, vizinho agora e também camarada da mesma diáspora, explicou-lhe que o verdadeiro nome da padroeira era o de Senhora da Encarnação e não das Dores, como lhe chamam.
- Olha, Miraldina, das Dores, da Encarnação ou dos Prazeres, é tudo a mesma coisa. O que têm é momentos diferentes.
Atenuou o Asdrúbal ao sentir-lhe decepção.
...- Olha, Miraldina, das Dores, da Encarnação ou dos Prazeres, é tudo a mesma coisa. O que têm é momentos diferentes.
Atenuou o Asdrúbal ao sentir-lhe decepção.
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Os estendais de roupa são como pautas de música. De outra música, não daquela que se toca agora. A música dos próximos dias tem data e hora anunciadas: são as festas da Senhora dos Milagres, das Dores, do Rosário, da Ressurreição e de outras, de mais fácil explicação, do Monte, D’Aires, da Represa e muitas, muitas mais, até lhes perder o conto.
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Bom dia João
ResponderEliminarIsto é um rosário de nomes ou talvez um estendal de roupa feito da mesma ladaínha.
Por muitos nomes que a inspiração popular lhe atribua ela continuará simplesmente Maria - Mãe de Jesus - Mãe de todo o povo de Deus e nossa padroeira neste vale de lágrimas.
Fez-me lembrara minha Maria:
ResponderEliminar'A filha que não tive, se chamaria Maria. Ela teria a pele branca feito a lua e os cabelos cor de terra feito os meus. Seus olhos me olhariam docemente. Maria seria um doce de gente. Mas Maria não se fez. Melhor - assim a imagino sempre. Sempre e outra e outra vez'.
Salve Maria! Todas... Que são só uma.Um beijo, João.