sexta-feira, 20 de agosto de 2010

TONS E SONS - MÚSICA


A postos címbalos, fagotes e cordas,
harpas, trombones e metálicos afins.
O maestro ensaia, afina leves acordes
e solta a música com um golpe de rins.

Opus em sol maior, entram os clarins!
E o piano responde com um lamento.
Doce, quase adormece os querubins,
que protagonizam o segundo andamento.

A clave é de sol. É um sol nascente:
música, música, o som é urgente
e o barítono, grave, irrompe fascinante.

Os anjos fazem o coro pueril e quente
(de um imperceptível azul envolvente)
e deixam fluir em sol a melodia andante.

3 comentários:

  1. Mais um lindo soneto poeta!
    Parabéns e bom fim de semana.

    "Os anjos fazem o coro pueril e quente
    (de um imperceptível azul envolvente)
    e deixam fluir em sol a melodia andante."
    Lindo mesmo...

    meu carinho,
    ROsana

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  2. Com um pouco de concentração, fecha-se o olho e a musica vem!

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  3. Bastante interessante todo este teu trabalho.
    Vou aqui deixar-te um nome gigante da literatura do séc.XX (que influenciou toda uma
    geração e que teve foz em nomes como Juan Rulfo,
    G. G. Marquez, Vargas Llosa, etc.): HALLDOR K.
    LAXNESS, escritor islandês, galardoado com os
    Prémios Nobel, Estaline, Internacional da Literatura e muitos outros. Infelizmente, no
    nosso país é pouco conhecido e só há bem pouco
    tempo foi traduzido pela primeira vez GENTE
    INDEPENDENTE, um dos seus melhores trabalhos.
    Dou-te esta pequena dica apenas porque, para ti, o livro CEM ANOS DE SOLIDÃO é uma referência.
    Um abraço,
    Campos Martins

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