segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CAVALOS


Competem com o vento, contra o tempo
por impulsos de sangue e de aventura.
Galopam por essência e temperamento,
aliam o momento à presteza pura.

As crinas encrespadas, soltas ao vento,
são, a bem dizer, como uma assinatura
da liberdade que no trote, lentamente,
se funde com a arte dedicada na gravura.

Este é o corcel altivo em figura,
que não tem destino ou meta em vista
e lhe rogo, que por tudo não desista.

Outros querem a glória e a ovação;
o seu limite, o músculo, a exaustão:
isso é quem os monta que o procura.

1 comentário:

  1. Bom dia João
    Já passei por aqui diversas vezes mas não consegui comentar. Entendi o soneto mas falta-me as palavras para te dizer que gostei e que está mais perfeito.
    Tenho andado muito cansado com trabalho a mais.
    Neste soneto parece que se vive e se sente a força e agilidade do cavalo na corrida.

    ResponderEliminar