Já não passas como passavas
na velha rua onde moro,
não me vias nem olhavas,
eu ainda por cá me demoro.
Agora, passo dias sem fim
rua abaixo, rua acima ou quase,
olhando para trás de mim,
com medo que a sombra se atrase.
Espera, oiço-te agora passar
e toda a cadência é do andar teu,
ou então sou eu para te imitar,
que afinal o andar é o meu.