terça-feira, 23 de julho de 2024

PASSOS PERDIDOS



Já não passas como passavas

na velha rua onde moro,

não me vias nem olhavas,

eu ainda por cá me demoro.

 

Agora, passo dias sem fim

rua abaixo, rua acima ou quase,

olhando para trás de mim,

com medo que a sombra se atrase.

 

Espera, oiço-te agora passar

e toda a cadência é do andar teu,

ou então sou eu para te imitar,

que afinal o andar é o meu.