Sei
de um bote, um barco ou um navio
repleto
de soldados e marinheiros,
e
de outros, que por destino ou extravio,
não
foram muito além dos areeiros.
Sei
de uma jangada de vela panda,
que
os ventos enchem de areia e sal,
aparentando
navegar, mas já não anda
e
se dá pelo nome de Portugal.
Foi
um pássaro que me disse, inquieto,
que
a estibordo mete água, afunda
sem
remédio, como bóia moribunda,
sem
se saber já se foi mal do arquitecto
ou
se de outros infortúnios foi objecto
para
tal sina e desgraça tão profunda.