Deleitado, o teu corpo geme, lambe,
humedece por fim,
açude em seu derrame,
decalca as águas em mim.
Os lábios ciciam fome e sede,
carne, água de beber,
o desejo que o teu corpo pede;
o rio que em mim vai nascer.
Os teus olhos choram de alegria e mimo,
em tua pele cada poro freme
e é nesse lago que navego e rimo
amor, água de rosas e creme.