sexta-feira, 25 de março de 2011

SOAGEM/CHUPA-MEL


Livre como as aves, a chupa-mel
sinuosa com as cismas da aragem,
tem neste silvestre carrossel
o sol e o melífluo odor da soagem.

Irmã do vento, sem abrigo e nobre,
que ser humilde tem que se lhe diga:
não se é inferior por se ser pobre
ou suportar de pé o vaivém da vida.

7 comentários:

  1. Maravilhoso este poema fazendo um paralelo ente a simplicidade da planta e a nossa própria vida.
    Muitas vidas simples são mais ricas que muitas outras sem simplicidade

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  2. Linda e delicada flor,
    que eu ainda não conhecia.
    Nobre também é a sua cor.
    Ao poeta agradeço a cortesia!!

    Lindo poema João! Através dos teus poemas
    podemos conhecer algumas flores que não temos
    por aqui...
    beijo,
    Rosana

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  3. Olá, João
    Aqui, a Nobreza das flores silvestres!
    Encantam-me, as flores e as tua quadras...
    Lindas :)

    Deixo-te um pedacinho de

    Flor do Campo I


    Esquecem algumas fragilidades e soltas
    Germinam a cada instante, sem medos.
    Docemente tomam forma, ganham vida.
    Efémeras, penetram a terra no tempo,
    Transformam suas tristezas numa dança.
    Renovam-se naquela estranha claridade
    Que se entranha silenciosa no novo dia!

    Beijinho, MJ

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  4. "Sem abrigo e nobre"

    Tem que se lhe diga, mas consigo percepcionar a diferença entre a pobreza, (condição que pode acumular com a nobreza de carácter) e humildade, qualidade que nada tem que ver com estratos sociais ou económicos.
    É algo que prezo porque a entendo como sendo o oposto de arrogância.

    Gosto da sua flor, embora não especialmente do nome.

    Um beijo

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  5. A simplicidade da vida nos versos. Um lindo poema.
    Adorei o teu blog e sigo-te.
    Um grande bj querido novo amigo

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  6. como sempre digo aos que fazem poemas
    são dádivas e futuras virtudes
    belo blog, abrçs

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  7. E como é difícil, tantas vezes, aguentar de pé "o vaivém" da vida! Gosto destas quadras, que são de grande qualidade artística. MBarata

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