Ao Luís Silveira
que me ensinou como os meninos
sublimam a figura do pai quando
desenham o Sol nos seus cadernos.
OS DESENHOS
Os meus desenhos?
Que importância têm os meus desenhos?
Eram só riscos e rabiscos,
coisas de menino a aprender a ver o mundo:
um pássaro voando alto, como uma onda descuidada,
subindo mais que a sua condição;
um sol sorrindo a um canto da folha de papel;
uma casa e uma árvore,
ao centro de um jardim com flores vermelhas,
semelhantes a papoilas e pouco mais.
Melhor assim: não voei,
não tenho um sol só para mim,
nem uma casa e uma árvore e flores vermelhas,
semelhantes a papoilas,
mas tenho os meus desenhos
de papel e de memória.
que me ensinou como os meninos
sublimam a figura do pai quando
desenham o Sol nos seus cadernos.
OS DESENHOS
Os meus desenhos?
Que importância têm os meus desenhos?
Eram só riscos e rabiscos,
coisas de menino a aprender a ver o mundo:
um pássaro voando alto, como uma onda descuidada,
subindo mais que a sua condição;
um sol sorrindo a um canto da folha de papel;
uma casa e uma árvore,
ao centro de um jardim com flores vermelhas,
semelhantes a papoilas e pouco mais.
Melhor assim: não voei,
não tenho um sol só para mim,
nem uma casa e uma árvore e flores vermelhas,
semelhantes a papoilas,
mas tenho os meus desenhos
de papel e de memória.
Do livro inédito "Prova de Vida"
A pose é mesmo do menino João. Tal e qual.
ResponderEliminarO poema deixou-me deslumbrado com tanta sensibilidade. E o saber traduzir em palavras o desenho, o retrato e o passado deixou-me por momentos, mudo e quedo. Maravilhoso.
Já o estava para dizer, aproveito agora: o teu Blog está com muito gosto e sensibilidade.
Felicitações. Um abraço. Carlos Vale
O Blogue está melhor, com mais conteúdo. Parabéns
ResponderEliminarUm abraço
Joaquim Teixeira
:)
ResponderEliminarBonito
"coisas de menino a aprender a ver o mundo"
e a vontade continua :)
Dias cheios de brisas mornas**