Já o disse e volto a dizer:
o poema é uma caixa vazia,
se dentro dela não houver
um sopro de poesia.
Mas há poesia à solta
e tão liberta se acha,
que mesmo tentando não volta
a meter-se dentro da caixa.
Voa, evapora; e de cima
ri, brada, canta, chora
e em versos livres ou rima,
acena e vai-se embora.