aí não me meto nem me mato. O ator veste ou é, de fato? que acordo é este; que desiderato?! Perdoem a redação, a confusão ou estorvo: não é minha intenção nem estou de acordo.
desenhando círculos no espelho da água e a praia cobriu-se duma espessa e incorruptível bruma naquele dia o velho búzio não era mais que uma crisálida de névoa em vésperas de música
E é já na próxima sexta-feira, dia 26, pelas 18 horas, no Auditório da Biblioteca Municipal, o lançamento do meu livro de poemas POSSIBILIDADE DE AGUACEIROS. Aqui dou conta da respectiva capa (desdobrada). Sobre o conteúdo dirá a Drª. Cristina Granada e todos vós... Até lá.
Dos príncipes lustrosos e perfilados, com discurso ampliado e já revisto, vamos ouvindo falas em tons ultra irados e mais não fazem, não passam disto. Cambalhotas de puro divertimento em palcos de renome e bom registo, disso fazem, se a tanto for o atrevimento mas, como já disse, não passam disto. Antes foram estes os mestres do embuste, depois, no costumado rendez-vous previsto, negam a própria mãe, ainda que lhes custe, para voltar ao mesmo, não passam disto. Chamem-lhes salvadores, messias, Cristo: negam, juram; juram, negam e não passam disto.
já não ordena mãos ao ar, mata por outro processo. Agora veste cambraia, invólucro de popelina e é com essa indumentária que esmaga, mente, assassina. Eles aí estão de novo, Com suas carinhas de santos, sugando as veias ao povo para dar o sangue aos bancos.
Catarina foi uma lição do que hoje podemos ser: juntemo-nos, demos a mão e juntos iremos vencer!
já se não é de si dono e passa-se a noite em branco. Há três gerações que é o isto: faz-se da vida um tamanco, a investir, a correr riscos, vai-se a ver, sai tudo branco.
Não é normal que a gente passe a vida a pedalar sem ver o pelotão da frente par a par. Não é justo o sol presente que, em tese, é suposto ser de toda a gente e, uma vez à frente, já é sol posto. Pedalamos à nossa maneira: da frente para trás, de trás para a dianteira, a mostrar como se faz, dando gás na bicicleta com os olhos postos na meta e os pés na pedaleira.
por isso vê se te acalmas no rio onde chapinhas. Teus alvoroços e velas não te auguram boas medras: só se, esconso, o diabo ao tecê-las, te benzer com água das pedras.
se decresce é crescente e se cresce já não vem. Inspira uivos aos lobos oculta-se na água dos poços: encanta os tolos; engana os moços. Bateu certo por uma vez nas fases e voltas que tem, na hora no dia e no mês da novena de minha mãe.
já a lua não convence senão através do luar. Passando por desiguais, bem vistos um a um, afinal têm bem mais que o universo em comum. Unidos p’lo mesmo invento, para que um, outro não exclua, quando ela é cabeça de vento, ele tem a cabeça na lua.
para espreitar a beleza do alto para o meio da rua. Outras vezes, por tristeza, diz a verdade mais crua, por razões de autodefesa de quem vê passar na rua. Às vezes é ideia sua outras não mas, com certeza, di-la lá do alto, da lua, por razões de autodefesa.
sem ser minha nem tua: é uma rosa só dela. Rosa de cheiro e em flor, vermelha como convém, não pode ser de ninguém: é em si mesma o amor. Quatro pétalas por troféus, que, por magia de sábios, a rosa é os teus lábios, quando se juntam aos meus.
Caso não, que cale para toda a vida a dor de não dizer o que a consome. E eu, que canto em versos melodias da mágoa do que tenho compromisso, -assim faço o hino dos meus dias- mais não encantarei por isso…