Vêm Janeiro e Fevereiro
e ainda não abri o tinteiro.
Chega o primaveril Março
com matizes de pigarço,
assim como o não menos Abril,
mas em tons de rosa e anil.
Quando irrompe Maio
já há cores em que não caio.
De repente, vem Junho:
de que cor é este punho?
Lentamente, lá vem Julho.
Este tem a minha cor. Pouco barulho!
Mais devagar, Agosto
e o vermelho ardente do sol-posto.
Sorrateiro, entra Setembro.
Não tem cor ou não me lembro?
O mesmo direi de Outubro,
de que sei a cor mas não descubro.
Novembro e Dezembro vêm a seguir
cor de burro a fugir.
(Este ano, novo mês em suplemento,
para equilíbrio do orçamento.)
e ainda não abri o tinteiro.
Chega o primaveril Março
com matizes de pigarço,
assim como o não menos Abril,
mas em tons de rosa e anil.
Quando irrompe Maio
já há cores em que não caio.
De repente, vem Junho:
de que cor é este punho?
Lentamente, lá vem Julho.
Este tem a minha cor. Pouco barulho!
Mais devagar, Agosto
e o vermelho ardente do sol-posto.
Sorrateiro, entra Setembro.
Não tem cor ou não me lembro?
O mesmo direi de Outubro,
de que sei a cor mas não descubro.
Novembro e Dezembro vêm a seguir
cor de burro a fugir.
(Este ano, novo mês em suplemento,
para equilíbrio do orçamento.)