Um dia de Abril deu luz à minha casa,
tudo se tornou claro e transparente
como o vento que, num golpe d´asa,
nos mostrou o futuro ali presente.
E, de repente, todas as casas à volta
clarearam como sóis de alento
e sorríamos, andava a Liberdade à solta
num vaivém de asas e de vento.
Mudaram de lugar o Sol e a claridade,
ocultos entre as malhas que o império tece,
mas quem viu aquele Abril de tenra idade,
não perdeu o brilho e não esquece.